Dunga decide se posicionar sobre a situação de Endrick no Real Madrid
Nos últimos anos, tem-se observado um aumento no número de jovens jogadores brasileiros que se transferem para clubes europeus em idades cada vez mais precoces. Essa tendência desperta preocupações entre especialistas e ex-jogadores sobre os desafios que esses atletas enfrentam em suas trajetórias profissionais.
Dentre essas vozes, destaca-se a de Dunga, ex-treinador do Inter e da Seleção Brasileira, que analisa criticamente a denominada “exportação prematura” de talentos, como é o caso do jovem Endrick, ex-atacante do Palmeiras.
“Nós vamos perder esse jogador. É o caso do Endrick. Em um mês, quantas horas ele deixa de jogar? Quantas horas ele deixa de treinar? E ele tem que treinar! Ele tem que jogar! Então, o amadurecimento dele vai ser atrasado. Ao invés de ele estar pronto com 22, 23 anos, ele vai estar pronto com 24, 25”, disse o treinador em entrevista para o portal “Lance!”.
O ex-técnico defende que um tempo maior em seus clubes de origem permitiria que os atletas fossem mais bem preparados antes de enfrentarem os desafios de jogar em outro continente.
Diferente de uns tempos atrás, que nossos jogadores iam para fora com 25, 26 anos, já iam prontos. O cara já tinha uma rodagem. Quantos jogadores a gente perdeu, que foram para a Europa com essa idade e tiveram que retornar ao Brasil?”, finalizou Dunga.
Endrick tem enfrentado falta de espaço no Real Madrid
Desde sua chegada ao Santiago Bernabéu, no meio do ano passado, a jovem promessa do Verdão vem buscando seu espaço na equipe. No entanto, a forte concorrência no estrelado setor ofensivo do clube espanhol tem tornado essa missão desafiadora.
Geralmente, vestindo a camisa 16, ele recebe poucos minutos nos momentos finais das partidas para demonstrar seu potencial. Mesmo assim, consegue balançar as redes. No Real Madrid, sua evolução é tratada com paciência tanto pela diretoria quanto pela comissão técnica de Carlo Ancelotti, que evitam apressar seu desenvolvimento.